Sufrágio Feminino e Universal: a Luta do Movimento Feminista pelo Voto
Na data de 24 de fevereiro de 1932, nós mulheres brasileiras, conquistamos o direito a votar e ser votadas. Mas para conquistarmos a cidadania feminina há 90 anos atrás, o movimento feminista já lutava há alguns anos.
Em todo o mundo as mulheres se organizavam para denunciar o sexismo institucionalizado que explorava a força de trabalho das mulheres, mas não nos permitiam o direito a participação política.
Convidamos vocês a conhecer melhor essa história na série Semana do Voto Feminino: 90 anos de lutas no Brasil. Para iniciarmos homenagearemos nossas precursoras nesta luta, as sufragistas.
As Neozelandesas foram as primeiras a garantir o direito ao voto para as mulheres, em 1893, a participação política foi motivada pelo enfrentamento a violência doméstica, pois assim poderiam votar pelo controle de vendas de bebidas alcóolicas. Após 129 anos das primeiras mulheres terem direito ao voto, o Enfrentamento a Violência Doméstica continua sendo uma das principais pautas políticas do Movimento Feminista.
A ousadia das sufragistas inglesas, foi causa de grande visibilidade a luta pelos direitos políticos das mulheres em todo o mundo. “Ações, não palavras” era o lema do movimento, que levou a morte da professora Emily Davison, após jogar-se na frente do cavalo do rei Jorge V, para entregar-lhe a reivindicação de voto. Emily morreu 3 dias depois do atropelamento. Contudo as inglesas só conseguiram o Sufrágio Universal em 1928.
Na América Latina, o Uruguai foi o primeiro país latino-americano a aprovar o voto feminino, em 1917. Mas somente em 03 de julho de 1927, a brasileira Rita Ribeira, residente em Cerro Chato – Uruguai, foi a primeira mulher da América do Sul a votar. Em seguida, o voto feminino foi aprovado no Equador (1929), do Brasil (1932), do Chile (1934), da Bolívia (1938), da Venezuela (1946) e da Argentina (1947).
No Brasil, Maria Lacerda de Moura e Leolinda Daltro participaram nacional e internacionalmente pelo Sufrágio Feminino, mas também por outros direitos das mulheres; Bertha Lutz, fundou a Federação Brasileira para o Progresso Feminino, após participar de assembleias pelo voto feminino nos EUA e na Europa. Em 1932, Celina Guimarães foi a primeira brasileira a votar, em Mossoró/RN.
O sufrágio universal, ou seja, todas as mulheres, casadas, solteiras, analfabetas, negras, divorciadas (…) sem discriminação de sexo, classe, ou raça/etnia, só foi aprovado em 1988 com a Constituição Federal Brasileira vigente até os dias atuais.
Fontes: