1.005 mulheres. Milhares de histórias. Mães, filhas, netas, avós, mulheres trabalhadoras. Esse foi o número de mortes por feminicídio de março a dezembro de 2020.É o que aponta o monitoramento “Um vírus e duas guerras“, realizado pelo portal AzMina e mais seis mídias independentes.
O estudo mostra que o sucateamento das políticas públicas da rede de proteção às mulheres, é um dos principais fatores na dificuldade do rompimento das situações de violência e vulnerabilidade.
A começar pelo orçamento. Em 2020, o Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos utilizou menos de 3% do orçamento destinado às mulheres. Somado a defasagem no efetivo policial, quantidade de assistentes sociais, e a crise sanitária que vivemos, chegamos a conclusão de que a violência e suas várias formas e estruturas, definem como as mulheres vivem e morrem no Brasil.
Violência contra as mulheres na pandemia
Estar em casa nem sempre é uma possibilidade para as mulheres trabalhadoras, e quando chegam das ruas após longas jornadas de trabalho ou ainda em suas jornadas de trabalho dentro de casa, estar debaixo do seu próprio teto nem sempre é a solução mais segura.
O estudo nos traz inúmeras reflexões, e algumas sem respostas: quais lugares são seguros para as mulheres? Até quando seguiremos morrendo por sermos quem somos?
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