Carolina Maria de Jesus: Março de Lutas pelas Mulheres

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“Eu sou negra, a fome é amarela, e dói muito”. A frase é de Carolina Maria de Jesus (1914 – 1977), mulher negra, favelada, poetisa, uma das primeiras escritoras negras do Brasil.

Carolina de Jesus merece reconhecimento pela sua coragem de retratar a dura vida das mulheres trabalhadoras através da escrita, um espaço dedicado aos homens brancos, da alta classe de São Paulo.

Desde o dia 27 de fevereiro de 2021, é Doutora Honoris Causa pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), agora reconhecida também por suas virtudes e méritos.

Ainda menina foi acusada de ser feiticeira, porque meninas negras não poderiam saber ler e escrever. Estudava porque a patroa de sua mãe pagava-lhe os estudos.

Mineira, foi em São Paulo, na favela do Canindé, que em meio aos papéis que coletava, pegava livros, uns cadernos e folhas onde narrava todo o seu cotidiano.

Assim nasceu “Quarto de despejo – diário de uma favelada”. Atualmente, o livro foi traduzido para mais de 14 idiomas.
Foi com as vendas do “Quarto de Despejo – Diário de uma favelada” que Carolina conseguiu ter melhores condições de vida e lançar outros livros de maneira independente: “Casa de Alvenaria”, “Pedaços de Fome” e “Provérbios”.

No dia 13 de fevereiro de 1977, Carolina Maria de Jesus veio a falecer após uma insuficiência respiratória. Nunca deixou de escrever e de lutar para publicar suas obras.

Após sua morte, seu legado e sua memória permanece viva nos coletivos, grupos, organizações e movimentos que sentem-se mais potentes com a força desta mulher preta!

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