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Maria Beatriz Nascimento: resistência antirracista da negritude na academia
“Nas ruas as pessoas me agridem das mais diversas formas. No meu interior há recalcamento das aspirações mais simples. Em contato com as outras pessoas tenho que dar praticamente todo o meu “curriculum vitae” para ser um pouquinho respeitada.” Beatriz Nascimento
“mulher, negra, nordestina, migrante, professora, historiadora, poeta, ativista, pensadora” assim é definida em um dos livros que contam sua trajetória.
Intelectual e militante, filha de pedreiro e “dona de casa”, Beatriz nascida em Sergipe em 12 de julho de 1942, migrou com a família para o Rio de Janeiro, em 1950. Marcou a presença negra feminina como intelectual e militante, ainda na década de 70 colocando em pauta as questões da negritude, desmistificando o racismo velado do Brasil, criou diversos grupos de estudos para colocar o/a negro/a como centro de objeto de estudos.
Recebeu o título de Mulher do Ano 1986, em 1987 pelo Conselho Nacional dos Direitos Mulher, pois foi uma das primeiras a escrever em defesa das mulheres sobre a discriminação de raça e sexo. Em suas pesquisas, foi a primeira a relacionar as favelas ao quilombo, como forma de resistência histórica da diáspora africana.
Radical e sensível às causas não só em seus estudos, mas também em sua vida pessoal foi assassinada ao defender uma amiga de seu companheiro violento, em janeiro de 1995.
Beatriz nos deixa o legado de ocupar os lugares onde as negras não estão presentes, e que sendo assim a nossa intelectualidade não difere de nossa militância e de nossas vidas.
Somos Todas Beatriz!
#Antirracista #Quilombolas
Fonte: https://www.imprensaoficial.com.br/downloads/pdf/projetossociais/eusouatlantica.pdf
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