Esse é o segundo 1º de maio – Dia Internacional das Trabalhadoras – em meio a pandemia.
Muitas mulheres estão realizando suas atividades profissionais em casa. Aquelas que ainda estão no trabalho presencial nas ruas precisaram se reinventar para conciliar o trabalho doméstico com seus novos desafios e suas profissões.
Nossa casa se tornou local de trabalho, para além do informal e não remunerado. Várias trabalhadoras tiveram que assumir a função de explicadoras, cuidadoras de idosas/doentes com maior frequência e, por isso, não conseguem nem procurar emprego. (64,2% IBGE)
As mulheres lideranças comunitárias são incansáveis em busca de cestas básicas para dar de comer a tantas que têm fome. Não silenciaram, orientaram e acompanharam em muitos casos de violência contra a mulher.
Nas jovens ansiosas pela falta de escolas, sabendo que ainda não é o momento de volta, sem emprego, sem poder interagir socialmente e com a incerteza de um futuro, percebemos a resistência de continuar organizadas. Elas buscam por meio da troca de experiência, construir junto com as outras gerações o feminismo de hoje.
Saudamos as trabalhadoras que durante toda a pandemia estiveram na linha de frente enfrentando transportes lotados, mesmo com o medo diário de se contaminar.
Por isso, nos solidarizamos às famílias daquelas que morreram pelos seus serviços de caixa de supermercados, atendentes, faxineiras, auxiliares de escritórios, vigilantes, frentistas, técnicas de enfermagem, trabalhadoras da limpeza de serviços e áreas públicas.
Mulheres, em sua maioria negras, que morreram por não conseguirem atendimento, devido às UTIS lotadas.
Não queremos mais mortes de trabalhadoras. Exigimos Vacina Já para Todas Já e Auxílio Emergencial de R$ 600 até o fim da pandemia!