As mulheres negras e periféricas despontam nas estatísticas de vulnerabilidade e letalidade. Nas últimas 24 horas, o Brasil registrou 3.808 óbitos de COVID-19. Seguimos em ascensão na curva de mortes e precisamos conhecer as histórias desses números.
De acordo com a pesquisa “Economia das Favelas – Renda e Consumo nas Favelas Brasileiras”, desenvolvida pelos institutos Data Favela e Locomotiva, 49% dos lares das favelas são chefiados por mulheres, ou seja, elas exercem um papel de protagonismo.
O Rio de Janeiro é o único estado da Região Sudeste com mais de 10% da população vivendo em favelas, e as favelas da Região Metropolitana do Rio de Janeiro somam mais vítimas fatais de Covid-19 que 142 países.
Para as mulheres periféricas a luta não é só contra o vírus
Como chefiar uma família e sustentar uma casa com um auxílio emergencial de R$375 reais? Como lutar pelo seu próprio bem estar, de suas filhas e filhos, vivendo em condições insalubres e sem saneamento básico?
As mulheres trabalhadoras querem viver, mas essa conta não fecha!
Dados do relatório “Sem parar: O trabalho e a vida das mulheres na pandemia“, mostram que 40% das mulheres abordadas na pesquisa, afirmaram que a pandemia e a situação de isolamento social colocaram a sustentação da casa em risco. A maioria das mulheres que concordaram com essa posição eram negras (55%).
A pesquisa relata que as mulheres trabalhadoras negras responderam que as principais dificuldades estão com o pagar as contas básica e o aluguel onde vivem.
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