Desde a morte de Cleonice Gonçalves, mulher negra trabalhadora doméstica e primeira vítima fatal da Covid-19 no Rio de Janeiro, em março de 2020, enfrentamos diversas batalhas para além da pandemia. A começar pelo negacionismo de governantes sobre o vírus que chegava.
Terminamos o mês de março com mais um recorde de mortes por Covid-19 em 24 horas. Durante esses 31 dias acompanhamos o quanto somos impactadas não só pelos efeitos do vírus em nossos corpos, mas também pelo descaso ao qual nossas vidas são tratadas.
Em 24 horas perdemos 3.950 vidas. Perdemos 66,8 mil, em 31 dias.
Como chegamos até aqui?
Mesmo observando como outros países estavam lidando com essa nova ameaça, aqui a Covid-19 era tratada como “gripezinha” enquanto o número de infectadas e infectados só aumentava.
Muitas de nós começaram a ficar desempregadas, sem ter alimento em suas casas, sem ter como pagar as contas. Enquanto hospitais começavam a ficar lotados, faltavam equipamentos e faltava oxigênio, o Estado comprava medicamentos sem nenhuma comprovação de eficácia contra a covid-19.
Hoje, sofremos os efeitos do retrocesso, da falta de governabilidade e da falta de humanidade. Para que permaneçamos vivas exigimos Vacina Para Todas Já! e Auxílio Emergencial de R$ 600 até o fim da pandemia.
Leia mais: Março de 2021: O mês mais letal da pandemia
Leia mais: Paralização Nacional pelo Auxílio Emergencial de R$600 e Vacina Para Todas Já