Das 67 milhões de pessoas que receberam o auxílio emergencial em 2020, mais da metade (55%) eram mulheres. E desde então, a precarização das condições de nossas vidas tem sido constante.
Estamos vivendo um dos piores períodos de calamidade pública no Brasil. Já passamos dos 14 milhões de desempregadas e desempregados e, ainda assim, o valor do auxílio emergencial para este ano é menor do que em 2020. A falta de políticas sanitárias e econômicas levam as mulheres trabalhadoras cada vez mais a exposição do vírus, seja nos locais de trabalho ou no transporte público.
O Brasil é o quinto país no mundo que mais aplicou doses de vacina em número absoluto, entretanto, é preciso ler os dados para entendermos a real situação. Essa posição não significa que o país tenha a melhor cobertura vacinal, se formos observar de forma proporcional a população do país. Somos 211 milhões de habitantes, e apenas 6% da população foi vacinada. Informações coletadas pelo Our World in Data, da Universidade de Oxford, mostram que o Brasil ocupa a 73ª posição em relação a doses, mostrando que foram aplicadas apenas 6,6 doses a cada 100 pessoas.
Mulheres, números grandes servem tanto para esclarecer quanto para confundir. Dos 11 milhões de pessoas vacinadas, apenas 3 milhões receberam a segunda dose, ou seja, estão com a imunização completa.
Neste contexto, hoje, convocamos a todas para uma reflexão que se estende não só pelo Brasil, mas, pelo mundo todo, pois o país virou o grande epicentro da pandemia: quantas mais de nós precisarão morrer para que políticas efetivas sejam colocadas em prática?
AS MULHERES NÃO QUEREM SOBREVIVER, AS MULHERES QUEREM VIVER!
VIVAS NOS QUEREMOS!
Fonte: Our World in Data/ Agência Lupa/ Ministério da Saúde
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