Quem mandou matar Marielle?
Hoje, 14 de março, completam 03 anos sem respostas desde que a vereadora Marielle Franco(PSOL/RJ), eleita em 2016, com mais de 40 mil votos, foi executada junto com seu motorista Anderson Gomes, por volta das 21h, seu carro foi alvejado com 13 tiros, próximo ao Largo do Estácio.
Todas nós queremos respostas! O mundo inteiro quer respostas! Exigimos Justiça por Marielle e por todas as outras. Março já era um mês de luta e se transformou em resistência, para todas nós conjugado aos 21 dias de ativismo de luta contra o racismo.
“A história que a história não conta”
Quem mandou matar Marielle não esperava que ela se tornaria semente para contar através de sua história de mulher negra, mãe, filha, irmã, companheira e executada, à luz da noite, logo ali, em uma região central do Rio de Janeiro, só a certeza da impunidade, e de que é possível executar uma mulher negra favelada; de que não teria luta, de que era somente mais um corpo negro e seria mais uma das histórias que não são contadas, como cantou o samba-enredo que deu o título carioca a GRES Mangueira, perto de completar 1 ano de sua morte.
Em março de 2020, um ano após serem presos, a justiça determinou que os executores de Marielle e Anderson, o PM reformado Ronnie Lessa e o ex-PM Élcio Vieira de Queiroz sejam julgados por júri popular. Mesmo os advogados de ambos os acusados terem recorrido, o Tribunal de Justiça manteve a decisão por unanimidade.
“Na luta é que a gente se encontra”
Hoje, no Brasil e outras partes do mundo estamos reverenciando sua memória e exigindo Justiça em Fóruns, encontros, debates, intervenções culturais e artísticas, festivais, saraus, atos ecumênicos, pintura em mural, girassóis por Marielle é a prova viva, que ela permanece em cada uma de nós. Somos solidárias a sua família, a sua companheira, que de certo continuam acreditando e lutando por justiça, e com a certeza que os verdadeiros culpados serão punidos.
Lutar por justiça e continuar defendendo e darmos continuidade aos ideais, contra toda e qualquer forma de injustiça, é lutar pelos direitos das mulheres, das mulheres negras, das mulheres lésbicas e periféricas.
Marielle Vive! Luzes para Marielle.