Companheiras!
A pandemia afeta, em sua maioria, mulheres trabalhadoras negras e indígenas. O descaso, que já era grande, aumentou durante esse um ano. Muitas de nós estamos enfrentando dia-a-dia a covid-19 de frente.
Perdemos 1910 vidas em 24 horas. O número contabilizado pelo Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), na última quarta-feira (03/03) mostra como a pandemia avança no país.
Quantas dessas mortes foram de mulheres? Os números do Conass, não trazem uma análise sobre os impactos na vida das mulheres.
Segundo a pesquisa: “Sem parar: o trabalho e a vida das mulheres na pandemia”, realizada pela OSC “Gênero e Número” e pela Sempreviva Organização Feminista, das 2.641 mulheres entrevistadas, 47% afirmaram ser responsáveis pelo cuidado de outra pessoa; 57% são responsáveis por filhas(os) de até 12 anos; 6,4% afirmaram ser responsáveis por outras crianças; 27% afirmaram ser responsáveis por idosas(os) e 3,5% por pessoas com alguma deficiência.
E a rotina segue em meio ao caos.
Acorda cedo, pega ônibus lotado, vende, limpa, organiza, estuda ou tudo isso junto, volta para casa e trabalha mais um pouco. A batalha se faz necessária para ter um alimento na mesa para nós e para as(os) nossas(os).
Os alimentos esses que estão cada vez mais caros.
De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2021, a alta dos alimentos no supermercado está sendo de 19%. O valor da cesta básica ultrapassa os 600 reais, em algumas capitais, de acordo com acompanhamento feito pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).
Sem o auxílio emergencial, a situação, que não era boa, ficou ainda mais crítica.
Por Mim, Por Nós e Por Todas! É Pela Vida das Mulheres Trabalhadoras!
Fontes: http://mulheresnapandemia.sof.org.br/