“Este é um momento muito difícil, e eu venho através das redes sociais pedir ao Brasil que o olhe para o Acre, […] nós temos várias pessoas que não conseguiram tirar nada de casa. Trabalhadoras que saíram e ao chegarem estavam com a casa completamente alagada, não tiveram oportunidade de tirar nada, nada. Sem ter o que comer e nem o que vestir.”
A fala da Secretária do Sindicato das Trabalhadoras Domésticas do Acre, Erle Martins de Assis, demostra a realidade da região que, desde o dia 16, decretou estado de calamidade pública, após a cheia dos rios Acre, Juruá, Envira, Iaco, Purus e outros.
Com peso em sua voz, a companheira Erle informa a situação e pede ajuda para as trabalhadoras domésticas, mulheres negras e indígenas, em sua maioria. Mais de 24 bairros estão alagados e 120 mil pessoas ficaram desabrigadas.
Além disso, a região ainda enfrenta a luta contra o coronavírus e um aumento significativo nos casos de dengue, chegando a 8 mil notificações.
O Acre pede socorro! As políticas púbicas de habitação, saneamento básico e desenvolvimento social precisam e devem alcançar essas milhares de famílias que foram e estão sendo afetadas.