Nossa última postagem da nossa série sobre o Dossiê “Assassinatos e Violência Contra Travestis e Transexuais” organizado pela ANTRA (Associação Nacional de Travestis e Transexuais).
Segundo o Dossiê, em 2020 cerca de 14% dos casos notificados não respeitaram a identidade de gênero das vítimas e aproximadamente 47% dos casos notificados na mídia expuseram o nome de registro das vítimas e quase nunca mencionaram o nome social.
A pesquisa alerta sobre as notificações dos casos nas quais a classificação das identidades de gênero é feita de forma estereotipada, racista e classista. As vítimas classificadas pela grande mídia como mulheres transexuais , geralmente, são aquelas que “não atuavam na prostituição, que eram brancas e apresentavam um alto grau de leitura social cisgênera”, de acordo com o relatório da ANTRA. Essa classificação baseada em preconceitos contribui muito para a marginalização da imagem da travesti.
Os dados publicados pela ANTRA todos os anos nos servem como um alerta de como os avanços em relação à população LGBT+ e, em especial, a comunidade Trans, estão acontecendo de forma lenta e ao custo de muito trabalho e de muita luta.
A CAMTRA se une a essa luta em busca de uma sociedade feminista, antirracista, justa e igualitária, sempre enfrentando qualquer tipo de preconceito, opressão, discriminação e cobrando por políticas públicas que ajudem a tornar essa sociedade possível!