1º de Maio – Dia Internacional das Trabalhadoras e dos Trabalhadores

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Trabalho, violência doméstica, fome, mortes e descaso governamental, em tempos de COVID-19

Neste 1º de Maio, dia de luta e resistência das mulheres trabalhadoras, nós nos somamos a todas as mulheres através das nossas ações humanitárias e de resistência, a todas as mulheres que estão nas filas dos órgãos públicos para acessarem o Programa Emergencial do governo, a todas que estão caminhando em busca de água, as mulheres rurais que garantem nossa alimentação saudável e medicamentos naturais, as mulheres das florestas, as indígenas, as trabalhadoras domésticas, as faxineiras, as trabalhadoras de serviços, trabalhadoras vendedoras ambulantes, trabalhadoras da área de saúde, as trabalhadoras que cuidam da limpeza pública e as trabalhadoras do sexo.

Nós, mulheres trabalhadoras –  por si só a palavra trabalhadora já denomina uma classe: é  quem trabalha,  quem produz a riqueza, quem coloca a mão na massa, não vive de rendimentos ou de ganhos fáceis, ou seja, é a somatória desses esforços e  produz a riqueza de uma nação. Em geral, vivem de salário, de ganhos, de bicos, de trabalhos precarizados e na informalidade, sem nenhuma perspectiva de aposentadoria, programas assistenciais; ou seja, não fazem parte de nenhuma rede de proteção governamental e, se depender do atual governo, continuarão fora de qualquer proteção.

O Covid-19,  para nós mulheres, só vem ratificar o peso deste modelo de sociedade patriarcal, machista, misógina e racista. Em momentos decisivos, somos nós mulheres que  assumimos a dianteira da luta pela sobrevivência, mesmo esse trabalho invisível e silencioso, mas contínuo, que é o trabalho feminino – as tarefas do cuidado, com as crianças, com as/os idosas/os e/ou qualquer pessoa que adoeça em casa, é sinônimo dos cuidados das mulheres;  pode ser avó, a mãe, a prima distante que não tem dinheiro. Para as abastadas, empregarão outras mulheres, que vão assumir a tarefa dupla desses afazeres.

Em um momento como este de pandemia, tudo vem à tona: os problemas estruturais, como a falta de  saneamento básico, a falta d’água, o desemprego, o subemprego, a falta de investimento direcionado das políticas públicas para a área de violência contra as mulheres. Embora haja recurso, os programas são voltados para outras prioridades, o que leva a um agravamento imenso em tempo de isolamento social, pois a casa nunca foi um lugar seguro para as mulheres.  Explodem os números de assassinatos de mulheres.

Estamos diante de um vírus altamente mortal. Na véspera deste 1º de maio, os números chegam a 5.628 mortes e 81.329 infectadas/os, sem falar das subnotificações, aquelas pessoas que estão em casa e não vão ao hospital e morrem sem saber a causa da morte, ou mesmo a que estão no hospital e morrem por insuficiência respiratória aguda, sem que o teste para o corona vírus tenha sido feito.

A Camtra é uma organização feminista, fundada em 1997, que tem como missão ir ao encontro de outras mulheres com a perspectiva de colaborar para a promoção de seus direitos e para o fortalecimento de sua autonomia, tendo em vista a construção de uma sociedade justa e igualitária.

[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_row][vc_column][vc_message]Sobre a data: O 1º de maio se tornou o Dia Internacional das trabalhadoras(es) a partir das lutas, greves e mortes de trabalhadores das fábricas de Chicago, em 1884, que reivindicavam jornada de trabalho de oito horas.Em 1889, a segunda Internacional Socialista reunida em Paris, decidiu convocar anualmente uma manifestação de luta por oito horas de trabalho e escolheram a data como forma de homenagear as lutas sindicais de Chicago. A reivindicação se tornou lei em 1919, e a data proclamada como feriado. Nos anos que se seguiram, vários países adotaram a data como feriado nacional.[/vc_message][/vc_column][/vc_row]