Todas as mulheres são trabalhadoras: em casa, e neste dia, especialmente na rua

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No ano de 2002 – em Durban, África do Sul – surgiu a StreetNet International, que é uma aliança que foi formada com objetivo de organizar as/os vendedoras e vendedores ambulantes de todo o mundo. Em seu décimo aniversário, em 2012, eles instituíram o dia 14 de novembro como Dia Internacional da/o Vendedora e Vendedor Ambulante.

Ainda no ano de 2009, a CAMTRA realizou uma pesquisa de perfil com trabalhadoras ambulantes. O resultado surpreende pouco: a grande maioria é composta de mulheres adultas, negras, com baixa escolaridade e moradoras dos subúrbios e da região metropolitana do Rio. A maioria absoluta delas, 97%, tinham responsabilidade no orçamento familiar, e destas 46% delas eram responsáveis sozinhas pelo sustento de suas casas. Ou seja, a realidade do duro trabalho informal recai com força sobre elas.

Os dados levantados pela OIT em 2014 já davam conta de que quase 50% das pessoas no mundo extraíam sua renda do mercado informal, dentre estes, sua maioria é composta de mulheres e jovens. No Brasil, a grande recessão que nos atinge desde 2016, fez com que, no ano de 2017, o número de empregos informais superasse o número de empregos formais pela primeira vez na história.

Mas, apesar de todos estes dados e da importância que vem ganhando este setor econômico, na semana passada, a Guarda Municipal do Rio de Janeiro realizou dois truculentos ataques às/aos trabalhadoras/es ambulantes no Calçadão de Bangu, Zona Oeste do Rio de Janeiro.

Todo nosso respeito e admiração à luta das trabalhadoras e dos trabalhadores ambulantes.

Estamos juntas na defesa de seus direitos!